Split, Cassete Limitada a 150 Exemplares!

All the Cold e Mordheim juntam-se para criarem o primeiro Split de ambos os projectos, o extremamente limitado ''Possessed by Madness''.
Este Split é basicamente composto por temas dos All the Cold, visto que das 7 faixas, apenas duas pertencem aos Franceses Mordheim.
Lançado no final do ano de 2008, ''Possessed by Madness'' é uma boa mistura... Mistura os primórdios dos All the Cold, que apesar de ainda não terem anos e anos no activo, dá para ver pela quantidade de lançamentos que a banda não tem andado se não para a frente. Criando um som já muito próprio da Rússia, com algumas modificações..! Pela parte de Mordheim, tal como a nacionalidade indica, Black Metal Underground Francês.

Apesar da diferença atmosférica, ambas as bandas se aproximam muito da mesma mensagem... Desolação, Desespero, e Tristeza, são as três grandes faces deste lançamento. Com a incrível passagem gelada dos All the Cold, com temas longincuos e obscuros, envolvidos numa tremenda loucura de solidão. Escapa-me agora, talvez o melhor tema presente; ''I am Dead'', correspondente à quarta faixa, por entre uma introdução e finalização já bem habitual por projectos também relacionados com o ambiental e a influencia electrónico-experimental! Os Russos nestes temas dão uma larga importância à guitarra e música de fundo, fundindo assim um ambiente muito afastado da realidade... Sem dúvida são eles que dão sentido à 'Madness'. All the Cold consegue um som que sem dúvida completa todos e quaisquer requisitos para que este seja um bom trabalho... No entanto, a qualidade por si, isto é, a nível de áudio, poderia ser um pouco melhor... Visto que a diferença de som entre as bandas ainda é 'bastante' notável...
Na minha opinião, são os Mordheim que acabam por levar a melhor, embora numa vertente um pouco diferente... Ambas as bandas conseguem uma sonoridade 'quase' depressiva, digo quase, porque não sinto o 'desespero' na sua fase mais pura, mas se chegam a tentar forçar esse degrau? Acho que sim, um pouco por aí...
Apesar de Mordheim só contar com duas faixas, são dois temas que musicalmente têm uma compostura mais 'adulta', mais completa e até com uma qualidade de som superior! Tanto All the Cold como Mordheim tentam uma abordagem melódica de vez enquanto, mas são também os franceses que a atingem na perfeição, e conseguem não abusar da dose, distribuindo-a de forma a encaixar nos momentos mais apropriados. Curiosamente a segunda faixa de Mordheim, e também a última do Split, chama-se ''All the Cold'', e tem uma introdução simplesmente magnifica... Faço desta, não só a minha faixa favorita de Mordheim, mas como de todo o Split.

Artcover muito simples, e lançamento muito limitado... Uma excelente passagem de Black Metal Europeu, que não deve ser deixada de lado...








EP, Versão normal, em CD!

O marco da minha primeira experiência com o Gore! Mais tarde que a data original do lançamento claro, mas mesmo assim este trabalho é inadequado a qualquer comparação com determinado ano ou época... É Gore, e o Gore é sempre o mesmo!
Apesar de Holocausto Canibal ser um projecto bastante respeitado no estrangeiro, e é um Must Have para todos os amantes do Gore por esse globo fora, em Portugal acaba por não ser levado muito a sério... Mas também, pergunto isto em geral, desde quando o Gore é levado a sério?! É mesmo por aí... Acho que dificilmente é levado a sério. Mas também não é extremamente difícil de entender, depende da linhagem de cada um...! Ainda me lembro de percorrer algumas lojas mais conhecidas no meio Underground em busca de mais lançamentos da banda, e simplesmente ninguém os conhecia... O que é estranho...

'Gonorreia Visceral' foi o primeiro trabalho a sério dos Portugueses, um EP literalmente cheio de sangue. Agora e hoje, depois de termos uma carrada de lançamentos disponíveis, podemos facilmente dizer que este álbum é muito, mas muito 'inicial'... Com isto dizer, que tirando a fantástica mão artística do álbum, a música em si, ainda é muito verde. Mesmo para um lançamento 'Gore'. O conceito é de certa forma exprimido, mas falta-lhe mais vontade... Como se o que fizessem fosse algo ''único'', o que não é... Mas trata-se de um EP, e logo o primeiro, suponho que lhes devemos dar um pequeno desconto!
Com 8 faixas, e quase 20 minutos, é difícil de dizer qual o grande momento do disco, uma vez que há imensas semelhanças ao longo do mesmo! Para avaliar Holocausto Canibal, este não é definitivamente o melhor exemplo, porém é precisamente o primeiro, e tem a sua qualidade.
Continua a ser um excelente marco no Gore, e de certa forma, um pouco raro... Pelo menos na altura, não foi propriamente fácil encontrar uma versão 'decente' do mesmo.

Deeds of Flesh (USA) - Trading Pieces [1996]

Posted by Moor On quarta-feira, outubro 06, 2010 0 comentários Categories: , ,








Versão normal, em CD!

Este é o meu disco favorito de Brutal Death Metal... Talvez porque realmente é bom, ou talvez por nostalgia e significado que tem...
Foi também o primeiro que ouvi, e repeti a dose enumeras vezes... Talvez seja mesmo por isso que o considero o meu favorito... Mas hoje e agora, ouvindo muitas outras coisas, e já com uns largos anos passados, continuo a reconhecer o quão bom este lançamento é... Não falo da banda em si, mas mais precisamente deste ''Trading Pieces''!
Vi-o à venda em inícios de 2000, e apesar de na época procurar por entre os lançamentos mais recentes, este curiosamente estava numa secção esquecido, poeirento e já com um pouco do plástico que o cobria rasgado... Um verdadeiro renegado da Fnac!!!
Larguei as novidades (Que nem eram assim muitas), e decidi ficar com este lançamento, que por curiosidade era dos mais baratos que lá residiam (13.45€)!
Esta minha versão não é a original de 1996... Esistem mais duas versões deste Original, uma lançada em 2001 pela Unique Leader Records, esta já modificada... E existe ainda outra pela Displeased Records lançada em 2002, mantendo tudo em original, quer a qualidade do som, quer o design! E é esta última que tenho!

''Trading Pieces'' a meu ver, define tudo o que há para definir sobre Brutal Death Metal! É simplesmente rico e completo em qualquer aspecto...
Ainda com a formação inicial, voz e guitarra por Erik Lindmark, também na voz e baixo o Jacoby Kingston, e por último Joey Heaslet na bateria!
30 minutos de pura brutalidade sonora, com um som forte e com uma qualidade única e impetuosa... Uma tonalidade simplesmente incrível!
Todos os instrumentos se enquadram perfeitamente e de forma a criar uma mistura que eu simplesmente não consigo imaginar de outra forma... Um marco genial sem dúvida! Não posso adicionar muito mais, tudo está perfeito... Desde a bateria que preenche cada pedaço de ar, à guitarra com riff's combinados... Um baixo que bem lá no fundo, acompanha tudo, de longe, mas nunca ausente... As vozes que variam e criam um ambiente simplesmente pesado, louco, carnívoro... Letras que a acompanham extremamente bem!!!
Num total de onze faixas, posso levemente dizer que a quarta ''Hunting Humans'' é a minha favorita, a mais transcendente e louca de todo este trabalho!!!
''Trading Pieces'' é praticamente uma obrigação para quem gosta de Brutal Death Metal, um verdadeiro Must!!!




Demo, Cassete Limitada a 500 Exemplares!

Aqui não há margem para erro, NS Black Metal! Sem qualquer dúvida, quer pela Cover, quer pelos aspectos líricos.
Jerusolima Est Perdita, ou em Português, ''Jerusalém está Perdido'' é um projecto sem grandes lançamentos... Têm uma primeira Demo, que cheguei a ouvir em Mp3 e com uma qualidade bastante fraca... Depois um Split, com uma banda que de nada tem de aspecto NSBM, e por último este ''Marsch der Kolonne'', lançado em 2003! Apesar do histórico da banda não ser o mais extenso ou famoso, esta Demo podia bem falar por si... É sem dúvida o melhor trabalho da banda!

Apesar da irregularidade dos temas, alguns deles parecem pertencer a diferentes tempos e gravações... A Banda associa sem medo e com orgulho enormes referencias da Alemanha Nazi, embora poucas as passagens, contam com alguns largos e extensos cânticos daquela época de aspecto social. É assim as introduções de alguns temas, que passado pouco mais que minuto e meio, rasgam-se para um Black Metal ao mais natural possível.
O melhor tema por entre os seis, é ''Zurück in den Nebel II'', uma incrível presença de guitarra, com um baixo que é simplesmente fantástico!!! O Baixo mostra-se cedo, e é ele que faz grande parte da melodia, acabando por ter vontade própria por toda a faixa... Nesta mesma composição distante, mas sempre alinhada à guitarra, permanece pelo resto das faixas! A bateria desilude um pouco... Eu não posso afirmar, mas tenho a impressão que é mesmo uma bateria programada, a chamada ''Drum Machine'', ou qualquer outro programa... Mas não excluo a hipótese de ser 'real'... Uma coisa é certa, é simples e monótona, em mais do que uma faixa... Mantendo a mesma direcção em todo o álbum, uma vez de forma rápida, ou lenta, mas em constante simplicidade!
São praticamente 25 minutos de Boa música, não extraordinariamente boa, mas nada que não mereça ser ouvido!
Não sei até que ponto, a gravação do disco foi feita, se de forma continua, ou com faixas mais antigas e já gravadas... Mas de um álbum que nos habitua a um ritmo singular, lento, e organizado, é nos dois últimos temas ''Rivers of Blood'' e ''Hall of the Blind'' que se nota maior agressividade, e nem parecem pertencer a este lançamento!!! Talvez por vontade própria, ou por junção, é nestas faixas que melhor entoa a voz, e a bateria parece ''acordar'' e desempenhar um papel mais 'activo'!
Os Jerusolima Est Perdita terminaram a carreira pouco depois deste lançamento (Segundo me parece), e definitivamente não foi por falta de qualidade, mas de qualquer maneira, sobram-nos este marco, que para mim foi o melhor produzido pela banda!




Versão em Cassete. Tiragem sem Limite.

Thallium, projecto que provém do Brasil, mas com um enorme espírito Europeu! Este lançamento foi um dos mais recentes que comprei, mas que já tem uns bons meses...! Ainda tentei encontrar a versão em CD, mas não consegui, e acabei com a versão em Cassete... O que não perde em qualidade, mas reduz a rodagem no leitor... Pois está aqui um excelente trabalho! Saiu em 2002, e foi o segundo trabalho lançado!

Thallium representa e bem, um Black Metal cansado, velho e triste, envolvido à força num ambiente pagão, misturando pequenas melodias que conseguem atingir o objectivo... Uma influencia Europeia, sem tirar nem pôr!
De longe aclamar NSBM a este lançamento, apesar que há quem o faça, eu não o vou dizer... Hoje em dia, as semelhanças entre Pagan/Celtic Black Metal e NSBM parecem cada vez menores... Mas é bom que haja diferenças, mesmo que o responsável pelo projecto apoie as frentes Nacionais Europeias, a nível lírico não se pode equiparar a NSBM! Logo, o que o artista pensa pessoalmente ou não, é irrelevante, visto que -Pelo menos neste lançamento- não demonstra nenhum lado politico!
Tenho uma certa pena por só ter este trabalho de Thallium, a música segue sempre um ritmo lento, intenso e com ritmos muito parecidos, principalmente na guitarra! A faixa ''...Mudered By the Time'' é daquelas que nos dá vontade de ouvir, e ouvir, e ouvir... Durante todo o dia... É-me familiar, porém não me entra no ouvido...
As outras faixas como por exemplo ''Werewolf Stormtroop'' seguem o mesmo ritmo, um pouco lentas no inicio, mas acabam por se revelar extremamente melódicas já a meios do fim... Muito por culpa da guitarra, que marca os temas do inicio ao fim! A bateria, presente mas sempre na mesma linha rítmica e sem grandes alterações...
Já a primeira vez que ouvi este álbum, reparei que não se notava o baixo... E na verdade não se nota, porque não existe! O que não é nem estranho nem raro, mas não deixa de ser uma nota extra. Não negativa, não positiva, e muito menos diferente... Apenas uma indicação!
Não sei como será a versão em CD, mas no caso da Tape, a tiragem foi profissional e apesar que merecia uma artcover diferente... Para se encaixar mais no âmbito e não reduzir à resolução natural do design original!
Tanto o primeiro como o último tema são instrumentais, ambos baseados no teclado. A primeira, numa presença oculta e misteriosa, a última, embrulhada num nevoeiro que se retira lentamente, em despedida...
Fico à espera, de poder arranjar futuramente mais lançamentos deste projecto, pois por este ''A Howling From a Thousand Years'' curiosidade para mais não falta...!