Versão normal, em CD!
Black Witchery!!! Quem não conhece este lançamento?! É praticamente mítico já... Tem uma história fora do vulgar, de como o adquiri. Andava eu por umas distros e site's, quando percebi que este disco estava em grande parte deles. Uma vez que me estava a aparecer constantemente, ou significava que era comercial, ou então uma valente treta e ninguém o levava... Das duas opções, nenhuma me parecia melhor que a outra, mas tanto pensei que decidi comprar. Hoje, que já lhe dei umas valentes voltas, posso afirmar que de comercial não tem nada... É mesmo conhecido pela sua má qualidade...
Eu sabia que provavelmente a qualidade do lançamento seria fraca, mas... Não estava à espera de algo tão... Tão 'singular'. Este é um lançamento especialmente diferente do habitual, e na minha opinião bastante fraco. Não vou poder dar grandes apelos a temas diferentes, ou a peculiaridades da música, porque na verdade esta é extremamente repetitiva e de muito mau gosto... Todos os temas fazem-me lembrar uma moto-serra a cortar o ar, e isto até pode parecer engraçado no sentido literal, mas não é mesmo nada agradável... Por outras vezes parece uma motorizada em constante movimento, e os acordes assemelham-se às mudanças de velocidade... Até acho que esta última metáfora se enquadra bem na pintura. Todas as faixas são baseadas no mesmo ritual; Guitarra afiada e sempre nos mesmos acordes repetitivos e constantemente nas mesmas notas. Bateria com o mesmo rumo, sempre a bater no mesmo... Vozes aceleradas e sem o mínimo de interesse... Cada faixa é mais do mesmo!!! Uns tons mais intensos aqui, outros ali, mas vai sempre dar no mesmo, em todos os sentidos.
Gostava de avaliar este trabalho, de forma alternativa, ou até numa outra perspectiva... Mas não dá mesmo! Os Black Witchery derrubam qualquer hipótese quando criam mais do que uma faixa, em que quase não se nota a diferença musical... Por momentos até pensei ter ripado a mesma música dez vezes, ou então que a primeira faixa teria cerca de dez minutos... nem uma coisa, nem outra, infelizmente já o disco ia nos vinte sete minutos, muito perto do final. A nível lírico a coisa não melhora, em constantes blasfémias ao reinado Cristão e todos os seus adeptos... Pena que mesmo esses, não percebam nada do que é dito...
Esta minha versão é correspondente à lançada em 2005 pela Osmose Productions, e embora na capa apenas assinale nove faixas, esta versão consiste em dez. Sendo a última uma Cover dos Blasphemy. Cover essa que parece estar incluída em todas as versões do lançamento, menos numa versão promocional das produções Red Stream!
Acredito também, que este disco tenha vendido, por idiotas como eu, que o compram numa tentativa de exploração sonora...
Um álbum, com muito pouco profissionalismo e falta de imaginação!
Black Witchery (USA) - Upheaval of Satanic Might [2005]
Flagellum Dei (Portugal) - Victory Of A Tyrant Agression [2005]
Demo, Cassete Limitada a 333 Exemplares!
Flagellum Dei... Aqui está uma Cassete que vale a pena ter para os fãs de Black Metal Nacional! ''Victory Of A Tyrant Agression'' bem que podia ser uma compilação, ou algo em diferente de um lançamento regular... Isto porque das 12 faixas disponíveis, as seis primeiras são as mesmas que foram lançadas em 2002 na Demo ''Victory of Tyranny'', e da sétima à décima segunda, são tudo faixas ao vivo em Barroselas. No sexto ano do evento, ano de 2003.
Logo aqui, nada é novo... No entanto, para pessoal como eu que não gosta de CD-r's com qualidade merdosa, esta Demo compensa (Não só pelas faixas ao vivo), mas pela tiragem que sempre tem um aspecto mais profissional.
Mas passando à música em si, que se divide em duas partes; Parte relativa ao lado ''Tyranny'', consiste nas faixas já editadas anteriormente, com a excepção da última ''Holocaust In Flames (Outro)'' que não está presente. Não posso avaliar ao certo a qualidade, mas ambas me parecem ser idênticas, apesar que este lançamento ouvi directamente pela Cassete e não em MP3. Black Metal sem um grande interesse... É aquele típico som 100% Português que fez as bandas nacionais ganharem fama de 'Nada de Mais...''. É mesmo por aí, não interessa quantas voltas lhe damos. A nível de qualidade está muito bem editado, com uma sonoridade muito boa... Já a nível criativo está básico, repetitivo e quando tentam quebrar a monotonia dos temas, tornam-nos ainda mais aborrecidos! Não são maus, no sentido de ser mesmo baseado em aspectos negativos... Se é que os há, é apenas um... Os irritantes barulhos dos pratos da bateria que não param por um segundo, e chegam a ser extremamente irritantes... Tanto, que até tendem a fazer solos com eles...! Tirando este pormenor técnico, não lhe atribuo mais nenhum defeito a não ser a falta de criatividade. Esta não é um defeito, é uma qualidade, e que nem todos têm, mas com esforço e trabalho conseguiriam. Noto um pouco de preguiça, por exemplo nas vozes... Constantemente as mesmas, sem qualquer esforço de diferenciar neste ou naquele momento... O resto instrumentos acompanham essa teoria, e apenas no tema ''The Old Gates Of Night'' se nota ali uma diferença de calibre sonoro, mas passa rápido... É mesmo por passar rápido, e com imensas semelhanças que a Demo se torna curta. No entanto, vai tendo alguns detalhes que com o tempo e as inúmeras tentativas quase andam ali pela tonalidade certa.
Quanto ao lado ''Aggression'', representa o lado ao vivo da coisa. Com alguns temas presentes nas primeiras faixas, outros de lançamentos anteriores, a presença ao vivo de Flagellum Dei é basicamente a mesma... No entanto, muda a qualidade sonora, que me faz lembrar assim de repente ESTE LANÇAMENTO, também muito famoso pela sua qualidade... Acho que as gravações ao vivo, não são o forte das bandas Portuguesas... Por isso não vou mencionar nada que não tenha já sido mencionado. Incluindo o bom esforço e vontade do projecto, mesmo que para estes efeitos ao vivo, seja complicado ter uma 'boa qualidade'.
Apesar da sonoridade normalíssima, e da menos boa qualidade ao vivo, considero este um bom lançamento! Mesmo que a sonoridade seja do mais simples que há, tem os seus momentos, que também por mais normais que sejam, têm a sua qualidade e esforço. São quase 45 minutos de lembranças e prestações ao vivo, que até ficaram bem neste lançamento.
Versão normal, em CD!
Fleshold... Mais Death Metal dos anos 90! ''Pathetic'' saiu em 1995, e ao contrario do Post anterior, tem alguma boa qualidade nos seus momentos, que fazem este lançamento atingir o patamar da boa qualidade e decência.
Apesar de ''Pathetic'' ter sido lançado em 1995, a banda iniciou-se nos lançamentos em 1991, e apesar de apenas ter três lançamentos, dos quais este é o álbum, têm ainda duas Demos. Acredito que as Demos tenham tido a sua popularidade e interesse para os fãs de Death Metal naquela altura, mas penso que é nisso que este álbum foi lançado... Nunca ouvi as Demos, mas acredito (Devido a alguns factores, como a Cover da Demo ''Without a God'', ser a mesma que ''Pathetic'') que este trabalho seja uma linha continua das mesmas, neste caso, num som e ambiente muito ligado ao inicio dos anos 90. A banda não se preocupou em mudar ou inovar, na verdade mantiveram o mesmo som, e ainda bem. Este foi o último lançamento do projecto, e com todas as mudanças na formação, posso dizer que terminou bastante bem.
Uma extrema importância nas guitarras, com alguma e boa variedade de som, mas sempre presentes em todas as faixas, como a grande marca! Bateria normal, sem grandes aspectos a mencionar, assim como o baixo! Voz que me faz lembrar os tempos de Sepultura, e letras que são tipicamente Americanas daquela época.
Por entre todas as faixas, ''Our Minds Merge'' é para mim aquele ponto significativo no lançamento, em que digo que é um bom disco. Não excelente, mas sim decente! 40 minutos de bom Death Metal da velha guarda, com boa qualidade e que como óbvio, já não se faz hoje em dia!
No geral é um bom trabalho, lembro-me de o ter comprado Online, e fiquei curioso pelo preço tão baixo, e dois factos extra; um é ser o único álbum da banda, e o segundo, de ser de uma banda que apesar de já circular desde 1991, tem apenas um álbum e duas demos, Mas que continua activa... É difícil de perceber como, mas é verdade. Pelo menos até esta data!
Morta Skuld (USA) - Surface [1997]
Versão normal, em CD!
Se há bom Death Metal actualmente, então nem é preciso mencionar a qualidade deste nos anos 90... Infelizmente, este não é um exemplo dessa qualidade. Não é terrivelmente mau, mas não passa o nível de medíocre.
Os Americanos Morta Skuld, podem até ter bons lançamentos, não duvido disso, mas este definitivamente não é um deles... Talvez por ser o último trabalho que a banda criou, e talvez ainda por ter influencias 'manhosas'... A banda mudou o nome para MS2, e mais tarde para 9mm através do vocalista Dave Gregor e do baixista Jason Hellman! Ambos os projectos num âmbito Nu-Metal, ou lá que merda lhe chamam... Por isso mesmo, já dá para ter uma certa ideia das influencias manhosas que vão aparecendo aqui e ali... Não que a banda tenha arrastado demasiado a sonoridade para esse campo, caso contrario não seria Death Metal... No entanto, nota-se ali uma vontade grande de ultrapassar o velho e bom Death Metal, para algo mais (Neste caso, menos)... Uma sonoridade cansada e demasiado forçada, que com a passagem do tempo acaba por se tornar repetida e mesmo sem originalidade.
Não é que seja extremamente mau, mas é daqueles álbuns, em que ouvir quarenta segundos de cada faixa, é o suficiente para dar toda a atenção que o álbum merece...
Eu quero realmente adquirir algum lançamento mais primordial da banda, pois ainda acredito na boa qualidade que talvez possa existir, não pelo Split que fizeram com os Vital Remains, mas mesmo porque este ''Surface'' não foi feito com gosto... E quando as coisas não são feitas com gosto, realmente não resulta lá muito bem... São 35 minutos, dos quais não consigo seleccionar uma faixa em particular que me agrade em especial! Se o fizesse, talvez fosse a ''Lords of Discipline'', pela irregularidade que tem no som, apesar dos altos e baixos constantemente repetitivos, tem um som mais forte, e uma voz mais dedicada!
Não é completamente um mau trabalho, apenas permanece numa normalidade sem grande interesse e postura, algum cansaço e falta de dedicação...
Quem não gostar de Death Metal como ele na verdade é, é capaz de gostar, mas com tanta coisa que existe, facilmente se identifica um lançamento com pouco entusiasmo... Um trabalho regular e simplesmente normal.
Versão lançada pela Pavement Music, em 1998... Um ano mais tarde do lançamento original... Não sei a que se dei este Re-lançamento, e se algo foi modificado, apenas deve ter sido a nível de Artcovers.
EP, Versão normal, em CD!
Menhir... Por entre tantos lançamentos, o único que tenho (Por enquanto) é o EP ''Menhir'', lançado em 1998, e também o único EP pelo grupo. O que mais me chamou a atenção, foi sem dúvida a capa, que de longe me parece associada ao Black Metal... Por isso, decidi verificar este lançamento. Já esperava inúmeras referencias ao Folk, mas nunca pensei que fosse conter tanta sonoridade Folk. Não é necessariamente negativo todas estas referencias, até porque a banda tem mesmo uma atitude ''lendária''... O som é aquilo que eu chamo Folk Black Metal, mas não o suficiente para ser extremamente Folk, daí suponho que lhe chamem ''Pagan Black Metal''... Mas a nível de som, todo o lançamento está longe de ser ''Black Metal''. No entanto, como só ouvi este trabalho, e tendo em conta a informação que existe, vou catalogar isto como e apenas Black Metal.
As raízes dos temas são do mais tradicional possível, bem trabalhadas, ainda por Heiko nas vozes e Fix na bateria, teclas e guitarra. Conseguem a atmosfera pretendida com apenas quatro faixas num total de vinte minutos extremamente melódicos. Por entre os quatro temas, apenas um é instrumental, o ''Buchonia'', e também o meu favorito... É simplesmente incrível, a extrema melodia que me é familiar por alguma razão que desconheço, é como se fosse perfeita para a banda sonora de 'algo'... As teclas não fazem apenas soar a beleza da faixa numero três, mas como todas as outras, que soam a uma tonalidade de paz e com uma clareza incrível! Existe uma voz feminina, que cita letras por entre os instrumentos simples mas sempre em constante melodia com estes. Voz essa que não aparece na listagem, mas seria a de Manuela, responsável pela sintetização na primeira Demo da banda?! Acredito que sim, até porque ela abandonou o projecto em 2001... Por isso tudo indica que sim. A voz masculina não fica atrás, e embora com uma tonalidade obrigatoriamente diferente, acaba sempre por ter a feminina como eco, que as descreve logo de imediato!
As Artcovers não podiam coincidir melhor com a sonoridade, representam exactamente aquilo que a música transmite, um padrão exacto, como pouco se vê.
Buchonia foi também lançado em 2003, pela editora Perverted Taste, versão essa que tenho. No entanto, acredito que na tiragem tudo se mantivesse como a original de 1998!
Um excelente marco, melodicamente tradicional e nunca fora de época!
Defuntos (Portugal) - Sangue Morto [2007]
Versão em CD!
Defuntos... A minha banda favorita em Portugal! Não existe nenhum outro projecto Nacional a quem dedico tanta atenção e constante procura. Conheci-os em 2007, com este mesmo lançamento, ''Sangue Morto''. Imediatamente me saltou à vista as letras totalmente em Português, não que fosse inédito, mas sempre é algo curioso.
Porque não experimentar? Mal ouvi, percebi de imediato que este projecto era para ter um sucesso incrível, porém, continuamente desconhecido... O que não me espanta e espero que continue assim. Depois deste lançamento, a banda continua com mais sete lançamentos, incluindo uma única Demo anterior a este. Mas a grandiosidade de toda esta perspectiva continua exactamente igual como em 2007.
''Sangue Morto'' apresenta um som... Morto, mas existente! Não é propriamente Black Metal, e as influencias Doom estão sempre presentes, embora com uma tonalidade pesada, não é rápida. Apenas intensa. Não são precisos muitos 'esquemas' para fazer música, Conde F e o Conde J usam sons simples mas rítmicos para habituar o ouvido à constante e pequena melodia inicial, que mais tarde ou mais cedo se torna no ponto alto de qualquer faixa! Apenas com Bateria, Vozes e Baixo, os temas são extremamente completos e bem expostos, numa atmosfera fúnebre, tal como pretendido. Mesmo com três instrumentos, todos eles são tão 'sentidos', que falam por si mesmos, como se tivessem algo a expor, uma vontade... Não consigo descrever qual o melhor, pois todos eles estão no mesmo nível de qualidade, e não é apenas o meu gosto a escrever, é tal e qual como representado por este dueto. Da mesma forma é-me impossível descrever a melhor faixa por entre todas as sete, ou um ponto alto... Não existe e nunca existirá nestes 45 minutos de boa música. O álbum deve ser ouvido como um todo, como algo que marca a presença de X e permanece em aberto para ser relembrado em vários pontos de viragem da 'vida' e da 'morte'. Atmosféricamente pesado na atitude, é pelas letras que mais absorvem qualquer intuito de ignorar tudo isto... É fúnebre e morto, mas não violento e nunca agressivo... É como a verdade é, simples e poeticamente triste. O sentido lírico para além da tristeza e do sofrimento, aborda os que já não estão entre nós. Não de forma religiosa ou noutra perspectiva pessoal, mas sim sentimental e com uma lembrança enorme... De algo que fica em aberto, a qualquer um que ouvir.
São os pequenos acordes do baixo que marcam o ambiente melódico decorrente no álbum, a bateria que preenche cada necessidade de espaço, e a voz, que rasga toda esta maldição que parece saber tão bem...!
Defuntos foi e ainda é, neste ano de 2010, a banda que mais me dá interesse em Portugal. Pela sua individualidade, pelas letras próprias mas abertas a qualquer um por instinto de assunto, e até pela grande quantidade de bons lançamentos!
Na qualidade da música, não existe apenas 'um som', reside também, um sentimento Português, muito grande.
Esta versão foi também lançada em cassete, que também a tenho, e escreverei sobre ela mais para a frente.